Surdo e surdocego
Surdo e surdocego
Surdo e surdocego (escrito sem hífen para identificar uma única condição) são as terminologias corretas e como eles preferem ser identificados. Não é um termo pejorativo. Deficiente auditivo é usado pelo grupo com perda auditiva com ou sem uso de aparelho de amplificação sonora ou implante coclear. Os surdos e surdocegos têm as mesmas potencialidades do que os ouvintes e videntes (pessoa que enxerga), apenas utilizam meios diferentes de comunicação.
Ser Surdo não é uma questão patológica, pois está intimamente ligado a sua diferença social, linguística e cultural.
É preciso ressaltar que os surdos não são mudos. A produção oral, mesmo quando não há articulação de palavras, e apenas emissão de ruídos, ainda assim, isso não caracteriza a mudez.
Os surdocegos interagem com o seu entorno por meio do toque.
O principal obstáculo encontrado pelos surdos e surdocegos é a aprendizagem da língua oficial do país, por ser de modalidade oral-auditiva distinta da língua de sinais, que é de modalidade visual-gestual, usada pelo surdo e da língua de sinais tátil de modalidade tátil-cinestésica utilizada pela maioria dos surdocegos.
Para se comunicar, o surdo utiliza sinais manuais e expressões faciais, que formam uma língua gramaticalmente estruturada, conhecida como Língua Brasileira de Sinais (Libras). No entanto, há os que não conhecem Libras ou sabem muito pouco, que é a situação dos surdos oralizados que fazem leitura labial – seja porque ficaram surdos quando já sabiam falar ou porque aprenderam a falar com ajuda de aparelhos auditivos, implante coclear e acompanhamento fonoaudiológico. Cada pessoa surda escolhe sua forma preferencial de comunicação e não devemos interferir nesta opção.